Pelo menos 21 presos
iniciaram um plano de fuga no Presídio Urso Branco, durante o final de
semana em Porto Velho. A juíza Sandra Silvestre, da Vara de Execuções
Penais confirmou o caso após contato com a direção da unidade prisional e
explicou que detentos teriam cavado túnel para interligar duas celas.
Os agentes perceberam a movimentação e reagiram. Cinco presos ficaram
feridos.
Agentes Penitenciários já tinham informações sobre a possibilidade de
fuga no final de semana, mas que envolveria outras celas, as de número
J3 e J4. Foi realizada vistoria e nada foi encontrado na madrugada, a
guarita da PM conseguiu ver movimentação de detentos e atirou. Um dos
criminosos foi atingido e outros três presos. Ao entrarem nas celas C3 e
C4, agentes penitenciários descobriram que estavam interligadas.
Somente na manhã desta segunda-feira, no entanto, os detalhes
começaram a ser informados: em uma das celas as barras da janela de
ventilação estavam cerradas. Daí os presos saiam normalmente para
escavar o túnel, localizado próximo ao local do banho de sol. Para
enganar os agentes, uma “obra de arte” dos detentos. Eles
“confeccionaram” parte da barra de ferro serrada com pedaços de cano e
papel. Restos de tinta conseguiram colar sobre esse material.
Visualmente não havia muita diferença. No Urso Branco há uma escola de
artesanatos.

Segundo dados do Sindicato dos Agentes Penitenciários, no Urso
Branco existem atualmente 641 presos e apenas 13 agentes de plantão para
cuidá-los.
O pedaço cerrado da cela seria utilizada como “gancho” para ser
jogado sobre o muro e completar a fuga. De acordo com um dos detentos,
em mais um dia eles conseguiriam acabar o “serviço”.
O TÚNEL
Um metro e sessenta centímetros por seis metros. Era esse o tamanho
do túnel que detentos do Presídio Urso Branco conseguiram cavar desde a
última quinta-feira até a madrugada de domingo, quando foi descoberto.
Segundo apurações iniciais, a escavação foi realizada por 21 presos do
pavilhão, celas 3 e 4. O material metálico utilizado ainda não foi
divulgado, mas há informações contraditórias sobre a arma utilizada para
acabar o “trabalho”. Segundo a Secretaria de Justiça, agentes
penitenciários utilizaram balas de borracha, que atingiram cinco
detentos e um deles no tórax, atingiu o preso José Roberto Monteiro. Já o
Conselho Penitenciário afirma que foi utilizada arma de fogo. O preso
corre risco.




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