Procurador afirmou que 'esforço' não pode ir aos 'porões da ineficiência'.
Roberto Gurgel destacou que decisão pode, sim, ser dada só por Barbosa.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta
quarta-feira (19) que deve pedir "ainda nesta semana" a prisão imediata
dos condenados no processo do mensalão. Ele afirmou que faz um "estudo
mais aprofundado" antes de entrar com o pedido.
Como o Supremo entra em recesso a partir de quinta (20), o tema pode
ser decidido monocraticamente pelo presidente do tribunal, ministro
Joaquim Barbosa, que relatou o processo do mensalão.
"O que aconteceu é que eu só poderia pedir após a conclusão do
julgamento. O julgamento somente se concluiu na segunda-feira e estou
ultimando um estudo mais aprofundado da questão e devo estar requerendo
isso nos próximos dias. O mais rapidamente possível", disse. Perguntado,
então, sobre quando poderia acontecer, ele completou: "Eu diria que
ainda esta semana."
Para Gurgel, é preciso garantir a "efetividade" da decisão para que o
"esforço" do julgamento não seja relegado aos "porões da ineficiência".
"A grande urgência que existe é de dar efetividade à decisão do Supremo.
Esse esforço magnífico que foi feito pelo Supremo no sentido de
prestigiar de forma importantíssima os valores republicanos não pode
agora ser relegado aos porões da ineficiência."
Na terça, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e mais cinco réus
protocolaram pedido para que o plenário do Supremo decida se os
condenados no processo do mensalão devem ser presos imediatamente ou se
será necessário aguardar o trânsito em julgado do processo - quando não
couber mais recursos. Até a publicação desta reportagem, quando a sessão
da corte estava em andamento, os pedidos não tinham sido analisados. O
objetivo dos condenados é evitar que a questão venha seja decidida no
recesso por Barbosa.
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